quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Justiça Mortal

Que minhas cordas vocais estourem
Que meu corpo espirre sangue
Que meus olhos saiam
Mas que eu nunca desista

Que a verdade seja dita
Entre minhas veias secas
Pelo meu coração pulsando o nada

Que não exista mais injustiça
Machuquem-me, se preciso
Por isso

Mas não interfiram em mais ninguém

Confusos


Muito problemas em mim
Acabei tendo de esperar
Tudo se acumulou
Estou realmente perdida?
Porque estou assim?
Afinal, quem eu sou?

Não importa o que eu faça ou diga
Minha cabeça está em algum lugar
Mas não aqui
Talvez eu realmente esteja ficando maluca
Ou é apenas uma fase

Desejo não ter nascido
Mas percebo que sou importante aqui
E por enquanto
Continuo a carregar meus pés confusos

Pairando no Escuro

Em um instante vejo:
O mundo cair aos meus pés
Milhões de mãos levantadas
Pedindo ajuda
Com o tempo todas afundam

O som dos gritos desaparecem
O silêncio resplandece
Talvez apenas isso tenha restado
Além de meus restos mortais
Pois minha alma já fora
Fora triturada por minha frieza e imobilidade

Ao redor tudo escuro
Nada vivo
Nem morto
A não ser por mim

Ó Deus aonde vim parar?