terça-feira, 27 de abril de 2010

Para em fim não acordar

Falo tudo
Falo o que devo falar
Indicado por mim mesmo
É claro

Mas me perco
Perco na construção da nação
E assim não incentivam
Abandonam tudo e vão

Sou maluco, esqueceu?
Sou pequeno
Pedra em chuva
Nuvens escuras no escuro
Invisível nas cores vibrantes
Nas mortas
Sou um nada, esqueceu?
E assim só posso fazer nada

Desculpe-me se te desapontei
Desculpe-me se errei
Mas continuo sendo o que sou
E isso não muda

Não se iluda em um bom fim
Pois não terá
Está tudo perdido
E agora vou me deitar
Em minhas conclusões
Em meus receios do além
Em minha vida do nada
Durmo
Apenas durmo para em fim não acordar

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